Este é o Sobrado. Existem outros, mas não se chamam o Sobrado, peremptoriamente.
A escada de duas subidas já define sua importância: lembra um trono. É casa de barão, entre plebeus.
Sob a cimalha vejo a estatueta de louça lusitana, vejo os vasos de azul-vaidade, contra o azul do céu.
As sacadas, onde pairam minhas primas acima das procissões, jovens olímpicas entre vôo e terra.
Ó século glorioso 19, reinante no Sobrado, onde a quadrilha estronda as tábuas do soalho, mal sabendo que outro tempo chegou para levar na dança o que é sobrado e contradança.